Procurou na beleza um refúgio para a tristeza que sentia, o desgosto que lhe consumia aos poucos essa vontade da busca por uma salvação.
Procurou no coração a vontade de encontrar uma saída airosa, talvez a visão de uma rosa ou um gesto carinhoso dedicado por alguém lá fora, para lá das muralhas de onde espreitava a medo os pedaços do mundo que lhe pareciam os melhores.
Procurou também nos arquivos interiores as memórias mais felizes, aqueles momentos que dizes terem valido a pena viver, tentando assim surpreender a desilusão com a melhor argumentação possível, talvez fosse sensível à beleza inesperada, à felicidade ilustrada para ninguém poder negar a sua existência e quebrar a resistência da tristeza que sentia, o desgosto que lhe tirava, sem escrúpulos, pequenas porções do brilho daquele olhar.
Belo, SHARK. Eu.
ResponderExcluirOnde andas tu, parceira, que ninguém te vê?
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