domingo, julho 24, 2011

Palavras da noite má (oslo,amy)

 É noite de assassinos esta noite. E a minha alma não tem onde se acoite.


Desmaiam alegrias e açucenas, 
primaveras e rosas rosicler; 
já autuneja o verde das verbenas 
e o perfume pueril do vetiver. 

Abrem os goivos tristes, goivos roxos, 
como o viúvo pio roxo de mochos; 
roreja sonolenta, lenta a chuva, 
— triste noivado roxo de viúva... 

A Noite cega, a imensa Noite impura 
cobre a Luxúria e o Crime pelos mundos. 
(A sombra desleal da Noite escura 
lembra os teus olhos fúnebres, profundos!) 

No campanário da última esperança 
dobra a mortos o sino da Lembrança. 
 Guerra-Duval

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